segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Evolução em design e conforto marcam centenário das picapes Chevrolet

cem anos a Chevrolet introduzia o modelo 1918 da One-Ton, abrindo caminho para um século de picapes emblemáticas. Para comemorar esse marco, a empresa relembra os veículos mais icônicos da sua história no Brasil e no mundo. Ao todo são mais de 85 milhões de unidades produzidas.

Embora o design das picapes Chevrolet tenha mudado radicalmente nos últimos 100 anos, uma coisa sempre foi verdadeira: a forma segue a função conforme os veículos evoluíram para atender às novas necessidades dos consumidores.

“Hoje, os projetistas de picapes na Chevrolet focam no design orientado que cria opções de personalização e personalidade para uma ampla gama de clientes”, diz Rich Scheer, diretor de Design Exterior de picapes da marca.

Apesar de a caçamba para o transporte de carga continuar caracterizando as picapes, esse tipo de veículo vem agregando novas características ao longo deste período.

“A principal evolução das picapes nestes 100 anos está na cabine, para maior segurança e conforto dos passageiros”, observa Rodrigo Fioco, diretor de Marketing de produto da Chevrolet.

As picapes mais modernas atualmente oferecem equipamentos antes encontrados apenas em carros mais sofisticados. Um bom exemplo é a própria S10, que incorporou à linha 2018 da versão a diesel o CPA (Centrifugal Pendulum Absorber), que ajuda a reduzir os níveis de ruído e de vibração da picape a patamares similares aos de automóveis de luxo.

O modelo brasileiro, aliás, ganhou uma série limitada comemorativa aos 100 anos de picape Chevrolet no mundo. Apesar do acabamento vintage, a S10 100 YEARS traz a robustez da carroceria montada sobre longarinas, a força do motor 2.8 Turbo Diesel e tecnologias de conectividade total, como o sistema de telemática avançado OnStar e o multimídia MyLink compatível com Android Auto e Apple CarPlay.

Outras picapes Chevrolet no mundo estão celebrando o centenário com a mesma caracterização, entre elas a Colorado e a Silverado, nos Estados Unidos.

Aqui estão as 10 picapes Chevrolet mais emblemáticas nos últimos 100 anos no Brasil e no mundo:


1918 One-Ton: A primeira picape de produção comercial da Chevrolet foi inspirada em veículos utilizados nas fábricas da marca para mover peças de um lugar para outro. Em termos mais simples, esse é um exemplo do princípio “a forma segue a função”. Era um chassi rolante com cabine aberta, motor de quatro cilindros em linha e uma estrutura que permitia aos clientes instalarem a carroceria que melhor se encaixava a suas necessidades, e não passava dos 40 km/h. Um elemento de design marcante é o emblema da gravata borboleta na cor azul escura, quase preta, com proporções e tipo de fonte que remetiam à sofisticação da época, visual muito próximo ao do logo adotado na série comemorativa de 100 anos.

1929 Series AC: O modelo foi a primeira picape da Chevrolet projetada com cabine fechada, dando origem a um conceito que se mantém até hoje, visando a maior proteção e comodidade dos passageiros. É também nessa época que as picapes começam a ganhar mais elementos estéticos, como a possibilidade de diferentes combinações de cores para a carroceria. Tinha motor V6 econômico para a época.

1938 Half-Ton: A primeira picape projetada no então recém-inaugurado Centro de Design de Harley Earl, o primeiro executivo de design da GM. A partir deste ano, observa-se que as picapes começam a ganhar identidade própria para diferenciar-se dos automóveis de passeio. As proporções realmente evoluíram, criando uma picape mais baixa e mais longa com uma grade estilizada e para-lamas elegantes e alongados.

1947 Série 3100: Referência mundial quando o assunto é picapes vintage, foi lançada com “design avançado” porque era maior, mais forte e sofisticada. A grade horizontal de cinco barras substituía os modelos verticais do passado e acabou se transformando numa espécie de assinatura das picapes Chevrolet a partir de então. Os para-lamas passavam a ser mais integrados à carroceria, e os faróis deslocados para as extremidades do veículo, o que o fazia parecer mais “parrudo”. O resultado foi um visual charmoso e com ótimas proporções. No Brasil, inaugurou a categoria “picape leve” e era usada inclusive como carro de passeio, uma tendência até os dias de hoje. Anos depois, começou a ser produzido em São Caetano do Sul com design e sobrenome exclusivos, a 3100 Brasil.

1955 Série 3124: Devido à sua beleza, o modelo Task Force ficou conhecido por aqui como “Marta Rocha”, a Miss Brasil de 1954 e eleita uma das mulheres mais bonitas do mundo no ano seguinte. Foi a primeira picape Chevrolet a adotar o estilo Fleetside - a linha de cintura da caçamba alinhava-se à da cabine e à dos para-lamas, compondo um formato completo e elegante da dianteira à traseira. Também foi a primeira picape da marca a utilizar-se do recurso da reestilização ao longo dos anos para manter-se atualizada e competitiva comercialmente.

1967 C10: O design esguio, marcado pelas linhas retas da carroceria, remetia ao estilo mais moderno e funcional para melhor aproveitamento do espaço na caçamba e na cabine. Trazia para-brisa panorâmico, com melhor visibilidade. A lateral da carroceria tinha uma linha que seguia em direção à traseira. A barra na grade dianteira conectava o centro do farol com a gravata borboleta —elemento consistente até hoje. Neste período a pintura metálica foi introduzida, permitindo destacar vincos da carroceria que antes não eram aparentes. Um modelo homônimo e de estilo parecido fez muito sucesso no Brasil do fim dos anos 60 até início dos anos 80, intervalo em que as picapes começaram a ganhar itens antes exclusivos de carros de luxo, como a direção hidráulica.

1985 Série 10/20: Uma das picapes brasileiras mais emblemáticas que segue a tendência de estilo da década, com linhas retas, faróis e lanternas envolventes. Vinha com retrovisor do lado direito e a caçamba inovava com ganchos nas bordas que facilitavam a amarração da carga. Como o nome sugere, a série se dividia em duas configurações: a “série 10”, com capacidade de carga de 0,5 tonelada e a “série 20”, que carregava até 1 tonelada. Eram sempre precedidas de uma letra que indicava o tipo do combustível utilizado: A (etanol), C (gasolina) e D (diesel).

1988 Silverado: Foi a primeira picape cujo design fora influenciado pela aerodinâmica, e até por isso parecia muito avançada para o seu tempo. Essa mesma lógica se aplicou ao interior, com um painel de instrumentos baixo, envolvente e com elementos de aparência futurista. Chegou ao Brasil nos anos 90 com pequenas modificações, como nos faróis e nas lanternas, essencialmente para atender o código de trânsito local. Principalmente pelo seu visual disruptivo para a época, é considerada hoje um veículo clássico em mercados onde foi comercializada.

2004 Montana: Seguindo a tradição de oferecer também picapes compactas derivadas de automóveis, como a Chevy 500 e a picape Corsa, a Chevrolet lançou no Brasil a Montana, que se diferenciava das antecessoras pela cabine mais espaçosa e por ter a maior caçamba da categoria - perfeita para um carro de carga mais acessível e prático para o dia a dia. A segunda geração da Montana foi apresentada em 2010, com forte inspiração no estilo do Agile, mantendo porém o conceito de cabine estendida e step side lateral para facilitar o acesso aos itens transportados.


2012 Nova S10: Baseada na S10 norte-americana, a brasileira foi lançada em 1995 como uma opção de picape média, útil tanto para o trabalho como para o lazer. A segunda geração do modelo cresceu e logo se destacou pelo porte poderoso e, ao mesmo tempo, refinado, seguindo a nova escola de design das picapes Chevrolet no mundo. Trouxe de volta ainda o aspecto da resistência, ainda que altamente influenciado pela aerodinâmica. Atualmente, diferencia-se das concorrentes pelo rodar altamente confortável e por ser a única a oferecer conectividade total.

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