domingo, 16 de agosto de 2015

Acidente mostra segurança dos caminhões da Fórmula Truck

O acidente do piloto Luiz Lopes, na primeira fase da sexta etapa da temporada da Fórmula Truck, disputada domingo no Autódromo de Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, mostrou a boa segurança dos caminhões da mais popular categoria do automobilismo da América do Sul. Lopes bateu seu caminhão na barreira de pneus e no muro a cerca de 150 km/h e saiu sozinho do cockpit. O médico da categoria, Daniel de Moraes, realizou todos os procedimentos de segurança programados e poucos minutos depois o piloto já estava em pé e andando normalmente. O acidente foi provocado por derramamento de óleo do caminhão de Rogério Castro.

"Eu estava em sexta marcha a cerca de 170km/h quando peguei o óleo e virei passageiro. Quando fui para a grama, ainda tentei tirar do muro, mas não teve jeito. Na hora, quando senti que ia bater forte, tirei as mãos do volante e encolhi as pernas. O caminhão da Fórmula Truck é um dos carros de corrida mais seguros do mundo, pois também já bati em Guaporé e em Brasília, onde o acidente foi de frente. Apaguei rapidamente, mas assim como agora, nada sofri. Estou dolorido no tórax e na cintura, algo normal, pois o cinto me segurou ali. A segurança dos caminhões é tão boa que deixa o piloto mais à vontade para guiar", disse Luiz Lopes que garante ter perdido seu Iveco tal a intensidade do acidente.

Essa é a mesma opinião de Altair Batista Félix, irmão de Aurélio Batista Félix, criador da categoria e projetista da estrutura tubular chamada de célula de sobrevivência. Altair é gerente geral da Fórmula Truck e também elogia esse ponto nos caminhões.

"Isso mostra a segurança dos nossos cockpits, que a cada acidente mais forte são analisados e, sempre que preciso, fazemos alterações para aumentar a segurança dos pilotos. Toda a estrutura, que chamamos de célula de sobrevivência, foi projetada pelo Aurélio e aperfeiçoada ao longo do tempo. A estrutura dos caminhões é semelhante em todos os caminhões, com pequenas variações devido às várias marcas e projetos dos fabricantes", disse.

Toda a estrutura tubular é feita com tubos de aço, sem costura, que variam entre duas e 2,5 polegadas de espessura, reforçadas com chapas de ¼ de polegada. As soldas especiais melhoram o acabamento, pois não deixam quaisquer espaços. Em resumo: são mais homogêneas e fixam melhor. 

"Com tudo isso, pudemos ver que o caminhão do Luiz Lopes saiu sem problemas na estrutura interna, como mostram as fotos do Iveco dele. Como caiu de lado depois da batida, a parte externa ficou danificada, também algo normal. Fica claro que, apesar da violência do acidente, pois é um caminhão de mais de quatro toneladas batendo a mais de 100 km/h, a estrutura não apresentou dobras nem nada. Mostrou que é robusta. E o melhor de tudo: o piloto saiu ileso e andando", explica Altair.

Um comentário:

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