quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Rally dos Sertões: Reinaldo Varela traz carro do Mundial de Rally


Bicampeão Mundial de Rally Cross Country e experiente piloto com 15 participações no Rally dos Sertões, o paulista Reinaldo Varela (Divino Fogão / Blindarte / Temp Clean / Tecmin / Ibis / Itamotors AryCom) vai tentar mais um sucesso na principal prova do calendário brasileiro de off-road com uma novidade no Brasil. Ao lado de seu navegador catarinense Gustavo Gugelmin ele participará da 22ª edição do Rally dos Sertões, de 23 à 30 de agosto, com a picape-protótipo de 340 cavalos que utiliza no Campeonato Mundial de Rally Cross Country.

"Estou muito feliz em voltar a participar do Sertões depois de um ano de ausência. E o objetivo é disputar a ponta, como sempre. Claro que vamos enfrentar outros concorrentes fortes, do mesmo nível, então será uma prova difícil", avisa Varela, detentor de uma vitória na Geral (2000) e seis por categoria (98, 99, 2000, 2007, 2008 e 2012) no Rally dos Sertões.

"Pra este ano a expectativa é muito grande. Trouxemos um carro de altíssimo nível, o mesmo que usamos lá fora, com motor V8, câmbio sequencial, dois amortecedores por roda e pneus especiais para brigar pela ponta, para ser campeão", emenda Gugelmin.

Para enfrentar os 2.679 km da competição, a Divino Fogão Rally Team trouxe engenheiro e mecânicos da Bélgica, África do Sul e Portugal, que conhecem bem o carro, e sabem as peças que devem trocar. "Estamos muito bem estruturados. A prova será curta, de apenas sete dias, então, não tem chance para problemas e erros, não tem tempo para recuperação", contou Varela.

"Vamos acelerar o que puder. Não vai ter administração de velocidade. Teremos um ritmo bem forte desde o começo da prova. Vai ser um ritmo de 200/300 km de pé no fundo, como em prova curta de rali de velocidade. Vai ser puxada a competitividade", garante Gugelmin.

A prova deste ano passará por vários trechos inéditos, e mesmo tendo uma duração menor, deverá ser tão ou mais exigente do que nas edições anteriores, pois serão 1.545 km de Especiais cronometradas. "O terreno predominante será de terra batida, piso duro. Acredito que serão estradas mais estreitas e mais sinuosas. O que é bom, porque o Reinaldo está bem adaptado a este tipo de piso, terreno parecido com o que andamos na última prova do Mundial, na Espanha, onde terminamos entre os cinco melhores do mundo", opinou o navegador, que continuou.

"Quanto à navegação, acho que será mais tranquilo e prazeroso do que no Mundial. O sistema de uso do GPS aqui é muito rigoroso e não permite corte de caminho, tem que andar sempre no trajeto certo. E o sistema de ultrapassagem também é muito bom e seguro. Não vejo muita dificuldade em relação ao que estamos acostumados, mas também não deverá ser fácil, existem sempre as surpresas".


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