sábado, 19 de outubro de 2013

PSA Peugeot Citroën apresenta pela primeira vez na América Latina a revolucionária tecnologia Hybrid Air


A PSA Peugeot Citroën apresentou, em São Paulo, pela primeira vez na América Latina, a tecnologia Hybrid Air, uma solução full hybrid que une um motor térmico com um sistema hidráulico acionado por ar comprimido. Para a apresentação no Brasil, está no país o Chefe do Projeto Mundial Hybrid Air, Karim Mokaddem, e foi trazida da França uma das duas maquetes em escala real existentes no mundo usadas para a demonstração do sistema. A maquete, que utiliza como base um Citroën C3, está sendo exibida em apresentações realizadas pelo Grupo PSA e a Bosch – parceira no desenvolvimento da tecnologia – para jornalistas, fornecedores, representantes de entidades públicas e do Governo Federal. O Presidente da Bosch Latin America, Besaliel Botelho, e o Diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Design América Latina da PSA Peugeot Citroën, François Sigot, também participaram da explicação do sistema.

A tecnologia Hybrid Air, única no mundo, foi desenvolvida pela PSA Peugeot Citroën em colaboração com a Bosch e revelada mundialmente este ano. Ela segue os objetivos do Grupo PSA de atender os desafios mundiais referentes às emissões de gases de efeito estufa e a redução de poluentes e propor aos clientes carros equipados com uma tecnologia híbrida completamente nova e acessível para a grande maioria em termos de preço e desempenho

O Hybrid Air representa desempenho com baixo consumo – cerca de 34 km/l (2,9l/100km) e ausência de baterias adicionais, para uma agressão ambiental ainda mais reduzida -- 69g/km de CO2 e reciclagem facilitada --, um preço mais acessível e um espaço a bordo preservado. Esta tecnologia revolucionária é particularmente adaptada aos modelos dos segmentos B (carros compactos) e C (carros médios). Com ela, é possível uma diminuição de 45% do consumo de combustível na cidade de um carro compacto em relação a um com motor a gasolina equivalente.

A tecnologia Hybrid Air baseia-se na associação de várias tecnologias extensivamente comprovadas e testadas: uma motorização a gasolina, um sistema de armazenagem de energia sob a forma de ar comprimido, um conjunto composto de dois motores-bombas hidráulicas e uma transmissão automática que trabalha com um conjunto de engrenagem epicicloidal.O sistema possui uma central de controle inteligente que adapta o modo de operação para comandos do motorista e eficiência de energia em três modos diferentes:

Air (ZEV – Zero Emission Vehicle) – ativo até 70 km/h
Gasolina .Combinado – o mecanismo com ar comprimido contribui como boost em acelerações e retomadas


Hybrid Air – Princípio de funcionamento

O Hybrid Air combina duas energias para atingir o melhor rendimento de acordo com diferentes situações: o ar comprimido vai assistir o motor a gasolina, até mesmo substituí-lo, para levá-lo aos pontos de funcionamento mais eficientes durante as fases transitórias – acelerações e arrancadas.Essa tecnologia utiliza alguns componentes novos no universo automotivo, mas que já foram amplamente comprovados em outros setores, como a aeronáutica. O Hybrid Air é constituído por:

um reservatório de energia que contém ar comprimido, disposto sob a carroceria, no túnel central;

um reservatório de baixa pressão, situado na altura da travessa da suspensão traseira e que serve de vaso de expansão;

um grupo hidráulico composto por um motor e uma bomba, instalado sob o capô, na transmissão.

Essa última é composta por um conjunto epicicloidal automatizado para gerenciar a repartição entre as duas energias, que substitui o câmbio mecânico e oferece a possibilidade de automatizar a troca de marchas.

O motor térmico é um três cilindros a gasolina de última geração. Ele dispõe das mais modernas tecnologias: otimização do peso e do tamanho em função da maior integração possível dos componentes, redução dos atritos internos mediante a utilização de um revestimento especial, gerenciamento térmico para um aumento mais rápido da temperatura etc.O Hybrid Air apresenta, assim, a  vantagem de ser compatível com a plataforma existente em benefício da habitabilidade, da modularidade e do volume do reservatório de gasolina,  que se mantêm inalterados.


Três modos: Air (ZEV), Gasolina e Combinado

O computador vai pilotar as duas fontes de energia para obter o melhor rendimento possível em função da situação. A passagem entre os três modos disponíveis ocorre de maneira totalmente transparente para o condutor.No modo Air (ZEV), apenas a energia contida no ar comprimido faz o veículo avançar. Ao se dilatar, o ar ocupa um espaço cada vez maior no reservatório de energia e desloca um volume de óleo correspondente. O óleo é um vetor de energia que alimenta o motor hidráulico acoplado ao trem epicicloidal. Com o motor térmico desligado, o veículo se desloca sem consumir gasolina nem emitir CO2. Esse modo tem sua melhor expressão na circulação urbana.

No modo gasolina, apenas o motor de três cilindros a gasolina 1.2 VTi equipa o veículo. Esse motor se beneficia das últimas tecnologias para obter, em comparação com a geração precedente, um peso reduzido de 21 kg, atritos diminuídos em 30% e com um gerenciamento térmico evoluído para atingir mais rapidamente a temperatura de funcionamento ideal. Esse modo é particularmente adaptado para estradas e autoestradas, com velocidade estabilizada.

No modo Misto, os motores a gasolina e hidráulico funcionam conjuntamente para deslocar o veículo, em proporções ajustadas em função da situação, a fim de atingir o consumo ideal. Flexível, o Hybrid Air pode alimentar o motor hidráulico a partir de duas fontes. Enquanto a quantidade de energia contida no reservatório de ar comprimido se mostrar suficiente para atender à demanda do condutor, o motor hidráulico funciona a partir dessa fonte. Em seguida, se necessário, ele pode ser alimentado diretamente pela bomba hidráulica. Esse modo se destina especialmente às fases transitórias na cidade e na estrada (arrancadas, acelerações).

O reservatório de energia pode ser recarregado de dois modos. Nas desacelerações (ao frear ou tirar o pé do acelerador), a redução da velocidade não é obtida pela aplicação das pastilhas nos discos de freio, mas pela resistência à compressão do ar nesse acumulador.  A outra alternativa consiste em fazer a recarga através da religação do motor térmico – nessa situação, uma parte da energia produzida pela gasolina é utilizada para comprimir o ar. Em ambos os casos, a capacidade energética máxima do acumulador sob pressão é atingida rapidamente, em apenas dez segundos.



Nenhum comentário:

Postar um comentário