sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

México não aceita renegociar acordo automotivo


Redação AB, com informações da Agência Estado e Agência Brasil
http://www.automotivebusiness.com.br/

O México não aceita rever o acordo automotivo com o Mercosul, informou comunicado oficial divulgado pelo parceiro comercial do Brasil na quarta-feira, 8. "Devido à importância bilateral do Acordo de Complementação Econômica, o governo mexicano não buscará renegociá-lo", diz o documento.

O ACE, assinado em 2003, fez o comércio de automóveis subir de pouco mais de US$ 1,1 bilhão para US$ 2,5 bilhões em 2011, além de desenvolver a indústria regional de autopeças. De 2003 a 2011 o México teve um déficit de US$ 10 bilhões com o acordo no segmento de automóveis. Considerando todos os bens negociados entre os dois países, o déficit sobe para US$ 22 bilhões, segundo cômputo do governo mexicano.

Lu Aiko Otta escreve no Estadão que o lado brasileiro insistirá no diálogo nesta quinta-feira, mas a disposição dos mexicanos em mudar as regras é zero. As reuniões em Brasília foram acertadas em telefonema entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente do México, Felipe Calderón, depois que o Brasil ameaçou romper de forma unilateral o acordo automotivo.

Do lado brasileiro, participaram das reuniões na quarta-feira o subsecretário-geral da América do Sul do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Antônio Simões, e a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Tatiana Prazeres. Os representantes mexicanos são o subsecretário de Comércio Exterior, Francisco Rosenzweig, e o subsecretário de Relações Exteriores, Rogélio Granguillhome.

O Brasil pede maior participação de conteúdo regional na produção dos veículos, além da inclusão de caminhões, ônibus e utilitários no benefício de alíquota reduzida.

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