sábado, 26 de novembro de 2011

Fornecedor​es são premiados por melhores práticas na terceira edição do Academia Lean


Com uma cerimônia no auditório da fábrica da Fiat, na terça-feira, dia 22, o Grupo Fiat/Chrysler encerrou a terceira edição do Academia Lean, programa que busca a interação e o desenvolvimento das melhores práticas produtivas junto aos fornecedores do grupo. Dentre as 25 empresas participantes do programa, seis foram homenageadas: a Denso Sistemas Térmicos, a Dytech e a Mangels Divisão Rodas, de Minas Gerais; a Neumayer Tekfor e a Eacial, de São Paulo; e a Imperador, do Paraná.As demais participantes do programa também atingiram ou superaram os resultados esperados. O ganho médio de produtividade nas companhias nesta edição foi de 35%, chegando a até 73% em alguns casos. Já a redução de perdas média foi de 43,2%, enquanto que a movimentação foi reduzida em 61% em média. Em comum, estas companhias tem o objetivo de crescer em competitividade e eficiência, através do ganho de qualidade e da produtividade. E esta é também a meta do Grupo Fiat/Chrysler ao promover iniciativas como esta pela Universidade de Fornecedores Fiat. O núcleo realiza cursos e atividades estratégicas, feitas sob medida para desenvolver competências no setor automotivo.

“A educação é a única e verdadeira alavanca do sucesso empresarial. Ela muda as pessoas, a visão, a forma de pensar. O objetivo do Academia Lean é difundir uma nova cultura e enraizar os princípios do pensamento simples, de otimização do valor do produto através da racionalização de processos”, explica Silvana Rizzioli, coordenadora do Centro de Competências Fiat. “Não adianta crescer sozinho se os seus parceiros não acompanham este crescimento. A Academia Lean promove a osmose do conhecimento”, resume Silvana.

Um dos homenageados, Ivens Pantaleão, diretor superintendente da Mangels Divisão Rodas, relata que o Academia Lean deu excelentes resultados na área de redução do tempo de setup, que é a preparação das linhas de montagem. A partir do treinamento, a área de usinagem da empresa criou soluções simples como o “pré-setup”, um carrinho auxiliar de preparação, e repensou o layout do setor. Os resultados foram além do esperado: “Reduzimos em 68% o tempo de setup e, com isso, aumentamos o tempo de trabalho da máquina, que ficava parada durante este período. Isto nos permitiu produzir mil peças a mais por mês”, relata Pantaleão.

Na Mangels, apenas três pessoas treinadas diretamente pelo Academia Lean levaram o conhecimento para toda a empresa, e a metodologia aplicada no setor de usinagem já passou a fazer parte de outras áreas. Na Neumayer Tekfor, outra empresa homenageada, a mudança cultural também se mostrou contagiante e ocorreu de forma natural, com a participação direta das pessoas envolvidas. “A diretoria dá as condições, mas quem faz o produto é que promove as mudanças. Elas devem ter o direito à voz e suas ideias, valorizadas. Ideias simples podem gerar grandes resultados”, afirma Wagner Canhaci, diretor de manufatura da companhia.

Com o Academia Lean, a Neumayer Tekfor obteve resultados muito significativos em redução de estoques, de movimentação, de atrasos e de maquinário ocioso, que se transformaram em mais produtividade e eficiência.

Benefícios em toda a cadeia de valor

Para Osias Galantine, diretor de Compras do grupo Fiat/Chrysler na América Latina, o alinhamento dos fornecedores a um processo de produção mais eficiente e enxuto é um grande passo para a formação de uma cadeia de valor robusta. “Hoje competimos em cadeia, e não só individualmente como empresa. Quanto mais eficiente for esta cadeia, mais forte ela será perante os competidores, cada vez maiores em número e mais agressivos”, observa.

Segundo Osias, programas como estes da Universidade de Fornecedores Fiat abrem as portas para um trabalho de mais união e transparência entre as empresas parceiras. “Anteriormente, a briga de preços levava à perda de foco. Hoje vemos que a ‘briga’ deve ser em conjunto, buscando reduzir os custos de produção, os desperdícios e perdas. Aí sim alcançaremos a competitividade, um processo que se espalha naturalmente por todas as áreas da empresa”, avalia o diretor.

Para Cledorvino Belini, presidente do Grupo Fiat/Chrysler para a América Latina, os resultados do programa Academia Lean, palpáveis em todas as empresas participantes, significam que o objetivo está sendo atingido. “Premiamos alguns, mas a verdade é que todos ganham. E nestes meses de trabalho em conjunto, comprovamos que a valorização do capital humano é um diferencial competitivo de muito peso. Nada disto seria possível sem o conhecimento e as habilidades das pessoas envolvidas”, destaca.

O programa Academia Lean existe desde 2008 e já envolveu, nas três primeiras edições, 117 empresas. Sua metodologia inclui três dias de curso e em torno de um semestre de implantação de projetos específicos, sempre com a orientação de especialistas, nos quais são aplicadas as teorias do “lean manufacturing” e suas ferramentas. No final, um comitê independente avalia os resultados e homenageia empresas que mais se destacaram. As duas próximas edições já estão em andamento e envolvem outras 47 empresas.

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